10º DIA RONDA LEIRIA POETRY FESTIVAL
Escrito por Jorge Gaspar em Março 20, 2021
11:30H – 12:00H
“Poesia para crianças”
14:00H – 15:00H
Poesia ao Café
14:00H – 14:15H
#Ler sempre, ler POESIA em qualquer lugar
15:00H – 16:00H
Lançamento “De dentro de mim partiu a última caravela”
16:00H – 17:00H
Navio dos Loucos – O Caminho é o Poema
17:00H – 18:00H
“Metáforas da Vida”
18:00H – 19:00H
Entrevista Reginald Dwayne Betts por Sofia Perpétua
19:00H – 20:00H
“Migrâncias”
21:00H – 22:00H
Lectura de poemas de Federico García Lorca
Leiria Poetry Festival
Neste tempo de exceção que atravessamos, Leiria ousou lançar um desafio à escala global: organizar um evento centrado na beleza e potência da linguagem poética. Entre 12 a 21 de Março, mais de 200 convidados oriundos de cerca de 40 países vão apresentar-se em entrevistas, conferências, debates, workshops, vídeo-poemas, espetáculos musicais e performances poéticas.
O Festival terá este ano a sua primeira edição internacional. Passa de Ronda Poética a RONDA Leiria Poetry Festival e, nestes tempos tão difíceis que vivemos, isto só é possível porque um mundo inteiro se mobilizou. Para afirmarmos o festival nesta dimensão global, convocámos as cidades da Rede das Cidades Criativas UNESCO, nas diversas áreas, e alguns festivais e instituições internacionais. Todos responderam prontamente, montando mesas e entrevistas, convocando os seus poetas e projectos poéticos. O estado de excepção que o mundo vive, com maior ou menor grau de confinamento, levou-nos a passar o festival exclusivamente para o online, num formato inovador e pioneiro. A decorrer ao longo de dez dias, de 12 a 21 de março de 2021, o Ronda será alojado numa plataforma online a partir de Leiria e de alguns hubs na Europa, Américas e África com oradores e performers a juntarem-se simultaneamente. Entre as mesas, as entrevistas, os lançamentos de livros e os concertos, ao longo dos 10 dias, teremos poetas de todo o mundo a lerem os seus poemas, video-poemas e pequenas performances poéticas, numa verdadeira babel poética.
Esta dimensão global do Ronda permite-nos ter uma programação que coloca lado a lado poetas, pensadores e artistas conhecidos do público português com outros que são referência no seu país e até internacionalmente mas que não o são em Portugal. Ao lado de Gilles Lipovetsky (FR) ou de Jack Hirschman (USA) temos Tyehimba Jess – distinguido com o Prémio Pulitzer por explorar na forma poética noções contemporâneas de raça e identidade, sem abrir mão da experiência estética; Dwayne Betts – que descobriu a poesia na prisão de segurança máxima, de onde saiu para ser tornar um poeta premiado, advogado renomado pelos seu trabalho em defensória pública e um palestrante requisitado no mundo todo; ou Bejan Matur – poeta curda que transita entre a tragédia e o místico, um dos nomes mais premiados e ilustres da poesia que emerge do Médio Oriente; e a também premiada Yoko Tawada, japonesa que vive em Berlim e é celebrada pelo domínio e reinvenção da escrita tanto em japonês como em alemão. E o inverso também é verdadeiro: poetas da lusofonia, como João Luís Barreto Guimarães , Marilia Garcia, (BR) vão ser dados a conhecer na Ásia ou América.
Ao mesmo tempo que o Festival Internacional de Poesia de Medellín nos oferece uma mesa com grandes poetas, Ras Takura, jamaicano, dá-nos a conhecer o festival Dis Poem Wordz & Agro Festival, num formato novo para nós: a poesia ao serviço da agricultura sustentável e dos bancos de sementes.
O Ronda Leiria Poetry Festival faz uma ronda pelo mundo e traz poetas europeus, dos PALOP, países mais presentes nos nossos festivais, mas também Colômbia, Equador, México, Guatemala e até Sérvia, Roménia, Filipinas, Turquia, Tunísia ou Quénia, pouco presentes nos nossos eventos literários.
Porque Leiria é uma cidade Criativa da Música UNESCO, a relação música / poesia não foi descurada: Ao longo dos 10 dias do festival, terminaremos cada dia com um concerto, como As Cancões Possíveis, de Manuel Freire (a partir de Os poemas possíveis, de José Saramago), Rita Redschoes, que musicou poemas de Francisco Lobo Rodrigues, ou Pinhal del Rei com um concerto assente no cancioneiro tradicional português e nas cantigas de D. Dinis, entre muitos outros.
Também assente na estratégia que leiria submeteu à UNESCO e que lhe valeu a designação de Cidade Criativa, este evento cria pontes com as outras áreas artísticas, como o teatro, com o espectáculo O Globo de Saramago – 1933, ou a pintura, com um diálogo entre Nuno Júdice e Isabel Pavão, ou a dança, com Fernando Duarte e Solange Melo a dançarem poesia, ou as media arte, com o projecto do Paulo Costa «Nas suas Casas os Homens»
Organização:
Câmara Municipal de Leiria, Leiria Cidade Criativa da Música UNESCO, Livraria Arquivo
Coordenação:
Celeste Afonso
Produção e curadoria:
Celeste Afonso, Mirna Queiroz, Ana Miranda, Xana Vieira e Paulo Costa
Comunicação:
Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Leiria, Luís Filipe Sarmento
Revista Acanto
VERSÃO ONLINE
- A ACANTO – Revista de Poesia é um espaço eletrónico que publica textos literários no domínio da Poesia, com o propósito de divulgar conteúdos poéticos sob qualquer forma (escritos, visuais, orais, áudio, multimédia, entre outros), procurando construir novos modos de interlocução sobre a Arte Poética e a realidade.
- Um dos seus objectivos primordiais é o de inovar e representar o movimento vivo da Poesia, criando novas abordagens, pelo que qualquer sintoma de descontinuidade, criatividade e inovação será fomentado.
- A ACANTO – Revista de Poesia é independente do poder político, poder económico ou de quaisquer grupos ideológicos ou de pressão religiosa, fomentando a liberdade de expressão e de pensamento poético, isento de qualquer influência.
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- A ACANTO – Revista de Poesia não tem fins lucrativos, podendo contudo, fazer promoção e divulgação de eventos/ acções de carácter literário, inerentes à publicação, lançamento e apresentação de novos títulos, autores e iniciativas no domínio da Poesia, quer a uma escala regional, quer nacional ou internacional.
- A ACANTO – Revista de Poesia aceita a colaboração de quem queira submeter os seus trabalhos, ficando a sua selecção / aceitação ao critério da equipa responsável – núcleo editorial, devendo ser respeitadas as Normas para Publicação disponíveis no site.
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- Serão publicados textos inéditos de autores que se expressem em língua portuguesa, assegurando se, igualmente, a apresentação de Poesia em línguas estrangeiras, em tradução, uma secção de recensões, de entrevistas, de artigos e crítica poética, como uma secção de actualidades/ notícias que acompanha, atentamente o movimento poético e estético.
VERSÃO EM PAPEL
1. Génese e Enquadramento
A ACANTO – Revista de Poesia, teve o seu berço nos Serões Literários das Cortes, aldeia próxima da nascente do rio Lis, a alma viva desta localidade, irrigando as terras limítrofes e a cidade de Leiria, fonte de inspiração de várias gerações de poetas. Esta iniciativa remonta ao ano de 2015, data em que alguns dos tertulianos membros deste grupo, esboçaram a intenção de criar uma publicação regular dedicada à Poesia. Não tendo sido possível a sua criação nessa época, foram contudo lançadas as primeiras sementes que agora parecem germinar com todo o vigor e amadurecimento.
Partindo de um espaço informal de reflexão, experimentação e divulgação da obra de poetas da região, mas também de âmbito nacional e internacional, procurando o estreito diálogo da contemporaneidade com a herança do passado, sempre na forma simples da partilha e promoção da experiência literária, foram dando a conhecer os versos de autores – quer consagrados, quer estreantes – de matizes e rasgos variados, numa deliberada consideração pela diversidade, não ignorando, contudo, as suas origens e o legado dos poetas notáveis do território local.
É justo prestar homenagem aos mentores do projecto e ensejo poético iniciado em 2015, que mesmo não tendo conseguido erigir a revista nesse ano, puderam alicerçar o que hoje é uma firme realidade. Foram eles: Carlos Lopes Pires, Carlos Fernandes, Luís Vieira da Mota, Maria Celeste Alves, Pedro Jordão e Paulo José Costa. A interligar uma e a outra face deste labor, surge no ano 2021, o relevante contributo na criação da identidade estética, imagem e grafismo da revista, o designer Paulo Fuentez.
2. Sobre a ACANTO – Revista de Poesia
A ACANTO – Revista de Poesia é uma publicação exclusiva, receptiva à concepção de Poesia enquanto expressão livre, proporcionando espaço à publicação de autores e textos poéticos, mas também de ensaio, recensão, investigação literária e artística, com arbitragem do seu núcleo editorial, estando aberta à recepção de propostas provenientes da comunidade de escritores – tanto consagrados, como estreantes, podendo ainda acolher textos de índole académica e não académica.
Em simultâneo, recorre a uma plataforma on-line de expressão singular dos trabalhos recebidos e publicados, quer de autores com obra publicada, quer de outros, que pela pertinência e valia do seu trabalho, justifiquem a publicação e notoriedade – jovens e seniores, publicados e não publicados, bem como outros artistas e autores.
Com uma periodicidade trimestral, em versão de papel e em permanência no registo on-line, a ACANTO – Revista de Poesia eleva a interligação da Poesia e da criatividade, a par dos inúmeros aspectos da herança comum proporcionada pela língua, na afirmação da exclusividade e relevância de um acervo da poética contemporânea.
Para a edição on-line, poderão ser consideradas propostas provenientes de áreas distintas, mas contíguas à Poesia – Artes Plásticas, Design, Artes Visuais, Cinema, Multimédia, Música e Fotografia.
A ACANTO – Revista de Poesia, acolhe textos e propostas que visem facilitar a transferência de conhecimento e maior difusão de criações locais, nacionais e internacionais, proporcionando acesso e maior democratização, destaque e visibilidade à criação poética.
Para cada número da ACANTO – Revista de Poesia, haverá o fio condutor da liberdade criativa e da inventividade, que constituirão a divisa para a redacção dos poemas, textos, recensões e artigos de investigação literária inéditos, na sua publicação em papel. Na publicação on-line, poderão também co-existir entrevistas, projectos de intervenção artística, multimédia e de design, ou outras eventuais propostas que se enquadrem na missão deste projecto.
A ACANTO – Revista de Poesia aceita submissões em português e inglês.
A apreciação dos poemas e textos submetidos é da inteira responsabilidade do núcleo editorial, sendo regida pelos seus critérios de arbitragem e exigência subjectiva de qualidade, critérios de pertinência, interesse poético e artístico, no respeito pela diversidade e pluralismo de perspectivas.
A ACANTO – Revista de Poesia assume-se como independente de qualquer poder político, económico, religioso ou ideológico, pautando-se por critérios de rigor, isenção e inclusão.
Relativamente à redacção dos textos em português, o núcleo editorial deixa a cada autor a liberdade e responsabilidade de escolha da utilização do último acordo ortográfico ou da anterior ortografia, sendo que os editores, reservam-se ao direito, de apenas nos seus textos, tomarem a opção de não seguir o acordo em vigor.
3. Missão – ACANTO – Revista de Poesia
A ACANTO – Revista de Poesia é uma criação independente, de carácter integrativo e pluridisciplinar, sempre receptivo a novas colaborações, desenvolvido em Leiria, em colaboração com a organização do evento RONDA – Leiria Poetry Festival, a Editora Hora de Ler, a Biblioteca Municipal de Leiria – Biblioteca Afonso Lopes Vieira e a CML – Câmara Municipal de Leiria. Numa missão de fortalecimento da multidisciplinaridade e concepção poética e na partilha da diversidade do conhecimento, a ACANTO – Revista de Poesia fomenta a ideia de liberdade de expressão poética nos seus formatos ou campos (físico ou virtual), numa lógica da promoção de inter-relações multidisciplinares no plano das artes que dialogam de forma estreita com a Poesia.
Esta acção cumpre-se sem rejeitar iniciativas individuais, integradas nas linhas de interesse que a ACANTO – Revista de Poesia e o seu núcleo editorial preconizam e os autores e artistas ajudam a delinear. Para além do trabalho de publicação desenvolvido, a ACANTO – Revista de Poesia pode expandir-se na realização de conferências, colóquios, seminários, exposições e apresentações. É também preocupação de base contribuir para a análise crítica e estudo sobre a
Poesia (em âmbito de educação formal ou informal), podendo incluir a dimensão educativa e pedagógica.
ACANTO – Acanthus mollis é uma espécie de planta com flor pertencente à família Acanthaceae. Os seus nomes comuns são acanto, acanto-manso, branca-ursina, erva-gigante, gigante ou pé-de urso. A espécie foi descrita por Lineu e publicada em Species Plantarum 2: 639, as 939. 1753., no ano de 1753. Planta herbácea perene, de caule simples e erecto, folhas longas, largas, denticuladas, lustrosas e verde-escuras, flores brancas dispostas em espiga. Na Arquitectura, é ornato de capitel que representa uma folha estilizada desta planta, característico da ordem coríntia. O acanto é uma planta muito típica da nossa região, vegetando sobretudo em zonas frescas (nascente do Lis, por ex.). O recorte filigranado das suas folhas tem sensibilizado os artistas ao longo dos séculos. Na nossa região, para além de decorar alguns capitéis, é visível nas talhas douradas de algumas igrejas.
Podem ser submetidos para publicação na ACANTO – Revista de Poesia (Versão Impressa e On Line) trabalhos de Poesia. Os textos devem ser inéditos e ter até 5 mil caracteres com espaços para Poemas e no máximo 8 mil caracteres com espaços para Ensaio. Os originais serão avaliados pelo núcleo editorial e apenas os autores que tiverem textos selecionados para publicação serão notificados. Os autores interessados podem enviar seus trabalhos para o seguinte email: acantorevistadepoesia@gmail.com. O núcleo editorial reserva-se o direito de seleccionar os materiais a publicar em cada edição.
Cada autor deverá enviar uma breve nota biográfica contendo entre 450 a 500 caracteres máximo.