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"A ARTE DA POESIA" 2 NOVEMBRO 13:30/14:30H

Escrito por em Novembro 1, 2019

EMISSÃO 2 – 1ª PARTE

JORGE GASPAR E ÁLVARO GIESTA CONVIDAM O POETA JOAQUIM MONCKS. Um dos Autores participantes na Coletânea IDEÁRIOS.

A companhia em estúdio de Paulo Timm, e do Poeta Frassino Machado, que Gere a Tertúlia Poética “América Miranda” em Lisboa.

Joaquim Moncks nasceu em 29/09/1946. Tenente Coronel da Polícia Militar do Rio Grande do Sul, Brasil, reformado. Advogado. Escritor. Ativista Cultural. Conferencista sobre temas de Cultura e Poesia. Deputado estadual constituinte, 1987/1990.
 Dez (10) livros publicados desde 1979, a ressaltar o de poemas BULA DE REMÉDIO, de 2011, e OFICINA DO VERSO: O Exercício do Sentir Poético, vol. 01. Porto Alegre: Evangraf, 2016, 167 p., obra paradidática em que são apresentadas várias nuanças da poética e do processo estético-criativo brasileiro.
 Membro titular: Academia Sul-Brasileira de Letras, Pelotas, 1995; Academia Literária Gaúcha, Porto Alegre, 1995; Academia Rio-Grandense de Letras, Porto Alegre, 2014; Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências, Cruz Alta, 2014. Academia de Letras do Brasil, Secional BA, Salvador, 2015. Da Casa do Poeta Rio-Grandense e da Estância da Poesia Crioula. Coordenador da Casa do Poeta Brasileiro, POEBRAS Nacional, confederação líder do associativismo literário, com 78 sedes municipais em 20 Estados da Federação Brasileira.
 Oficineiro de Poética com método próprio de oficinação de Poesia para escritores-alunos.

Poesia é Útero
[Do livro inédito A VERTENTE INSENSATA]
Na casa da mãe não há portas ou janelas
mas tem o ardor do teto.
Nela, a palavra nasce sonora
de síncopes de liberdade
fomes variegadas e fugidias luzes
e então renova-se a semente.
A casa da mãe é o osso do afeto
o ovo primitivo, a clara e a gema
e se basta em artérias e veias.
A matriarca é o músculo distenso
também o repouso primitivo
nunca faltam nela a Fé e a Esperança
nascida nas dores do parto
porque é Páscoa todos os dias.
Na casa da mãe bate o compasso
da expectativa do dia seguinte
compassado de luas e esperanças
o poeta mora nela e o sibilar
da palavra é um bruxo morto.
O que vale, em verdade
é o entregar-se ao Outro
e o doar-se aos seus frutos.

A casa da mãe é a caverna dos dias
se nela houver apenas portas
e janelas a luz não entra
porque o lume vem dos olhos, de dentro.
A casa da mãe não pode ter apenas
portas, janelas, porão e sótão
porque o teto nasce longe
no útero das estrelas.
Na casa da mãe é páscoa (rediviva!)
todos os dias o amor renasce
e nela nunca se morre de susto
lá reinam perdões que nunca morrem
e o acalanto se embala nele.
Fora da casa da mãe, longe da carapaça
a Palavra lúcida abre sementeiras à luz
todavia a carcaça é tíbia e tênue
e também comete absurdos.
O que mais vale, em verdade
é a entrega ao famélico semelhante:
saber doar os verdes frutos
que o viver a seu tempo lhes fará maduros.
Para tal estação de força
lá fora não há protetivas redomas:
a semente fértil é maturada por incestos e gritos

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