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O TRIUNFO DA VIDA

Escrito por em Maio 2, 2021

 A PSICOLOGIA E O AMOR

 

 

 

 

 

 

Todos sabemos o que é o amor, não sendo, no entanto, pelo menos para mim, possível defini-
lo por palavras… Mas afinal o que será este sentimento (se o for) que nos torna parcialmente
dependentes das pessoas que nos são mais próximas (e que amamos), ao ponto de, ao
estarmos longe delas, nos tornemos altamente infelizes e angustiosos? Robert Stenberg,
psicólogo norte-americano, formulou uma teoria segundo a qual o amor englobaria três
componentes distintas: a intimidade, a paixão e o compromisso. No que toca à intimidade, de
carácter mais emocional, estamos perante uma relação de confiança mútua que inclui a
protecção e a necessidade de estarmos perto do outro. É através da intimidade que duas
pessoas compartilham as suas experiências pessoais e o que mais íntimo há de si. A paixão,
que se baseia essencialmente na atracção sexual, envolve um sentimento irreprimível de estar
com o outro. Por sua vez, o compromisso é a expectativa de que o relacionamento dure para
sempre, numa intenção de comprometimento mútuo. Na Psicologia, o amor é definido como
sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico
qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de
paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa."
Psicologismos à parte, o que será, entre nós, sabedores do senso-comum, o amor? Será uma
mistura entre loucura e paixão que faz focar o nosso pensamento única e exclusivamente na
pessoa que amamos? Ou será um sentimento de desejo incontrolável que nos torna
incessantemente ansiosos por estar com o outro, numa troca recíproca de carinho, afecto,
confidências, palavras e olhares? De facto, o amor pode ser uma conjugação de todos estes
aspectos, em que nenhum é dispensável mas todos são imprescindíveis. Numa tentativa de
simplificar a definição de Amor, os psicólogos sociais recorreram à definição de seis diferentes
formas de amar. São elas seis: o amor romântico (envolve paixão, unidade e atracção sexual
mais usual na adolescência), o amor possessivo (determinado pelo ciúme, provocando
emoções extremas), o cooperativo (que nasce geralmente de uma amizade anterior, sendo
alimentado por hábitos e interesses comuns), o amor pragmático (característico de pessoas
ensinadas a reprimir os seus sentimentos o mais possível, sendo estas relações desprovidas de
qualquer manifestação de carinho), o lúdico (que se baseia na conquista e na procura de
emoções passageiras) e o amor altruísta (praticado por pessoas dispostas a anular-se perante
o outro, tendendo a "isolar-se num mundo onde, na sua imaginação, só cabem os dois ainda
que o outro pense e actue exactamente ao contrário"). Quando pomos em dúvida o amor ou
dele suportamos as dúvidas, o sofrimento, devemos recorrer a terapias alternativas ou está
em nós o isolamento do desamor? Várias interrogações me surgem. O que é o amor para a
Psicologia Positiva? Como se explica o amor cientificamente? O que é o amor para a psicologia
comportamental ? A psicologia clínica é um meio? Ou então a psicoterapia HBM ( Human
Behavior Map Therapy) descrita como uma revolução na forma de se entender a mente e que
é um modelo de intervenção psicoterapêutica assente no mapa do comportamento humano.
Sem dúvida, interrogações a desvendar para os poetas do amor! Se você já esteve ou está
apaixonado, sabe bem o que sente mesmo que não consiga expressá-lo em uma definição que
semanticamente englobe todas as nuances. É justamente este o enigma e a magia do amor,
que não é mensurável e nem é uma escolha.

 


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