AS CORES DOS AUTORES 74ª EMISSÃO 13 JULHO 14:30/16:30H CÉLIA CORREIA LOUREIRO
Escrito por Jorge Gaspar em Julho 12, 2019
AS CORES DOS AUTORES.
Na tela da Rádio, Histórias, Conversas, Ideias, Sensibilidades. Esculpindo Memórias. Produz Realiza JORGE GASPAR.
Emissão 74 – 13 Julho. A visita de Célia Correia Loureiro, a propósito do lançamento do seu ultimo livro “DEMÊNCIA”, uma edição com a Chancela CoolBooks.
No seio de uma aldeia beirã, Olímpia Vieira começa a sofrer os sintomas de uma demência que ameaça levar-lhe a memória aos poucos. A única pessoa que lhe ocorre chamar para assisti-la é a sua nora viúva, Letícia. Mas Letícia, que se faz acompanhar das duas filhas, tem um passado de sobrevivência que a levou a cometer um crime do qual apenas a justiça a absolveu.
Perante a censura dos aldeões, outrora seus vizinhos e amigos, e a confusão mental da sogra, Letícia tenta refazer-se de tudo o que perdeu e dos erros que foi obrigada a cometer por amor às
filhas. O passado é evocado quando Sebastião, amigo de infância de Olímpia, surge para ampará-la e Gabriel, protagonista da vida paralela que Letícia gostaria de ter vivido, dá um passo à frente e assume o seu papel de padrinho e protector daquelas três figuras solitárias.
DEMÊNCIA traz-nos, através das vivências destas duas mulheres, a dura realidade de um Portugal rural e ainda tendencioso, e faz-nos repensar o significado de família e de comunidade, de inocência e de culpa.
Célia Correia Loureiro nasceu em Almada, em 1989. É Guia-Intérprete Nacional e Técnica de Turismo. Fala Italiano, Inglês e Francês. Gosta de gatos e de crepes com Nutella. De todas as cidades que visitou, é por Siena que morre de amores. De todos os autores que leu, destaca John Steinbeck por As Vinhas da Ira, e está sempre disposta a dispensar mais quatro horas da sua vida ao visionamento de E Tudo o Vento Levou.
Demência foi o seu primeiro romance publicado (Alfarroba @ 2011). É um livro que continua a ser-lhe muito próximo, por ser um grito de revolta contra as circunstâncias da mulher portuguesa no século XX, e da mulher ainda vulnerável, isolada e silenciada pelos bons-costumes, no mesmo contexto de ruralidade, em pleno século XXI.
Em Abril de 2019 foi reeditado pela Coolbooks, numa edição revisitada na íntegra, juntando-se assim a O Funeral da Nossa Mãe(Alfarroba @ 2012), A Filha do Barão (Marcador @ 2014), e Uma Mulher Respeitável(Marcador @ 2016). Em breve publicará, também, Os Pássaros.
“As histórias que conto não são a história de ninguém, mas serão certamente a história de alguém.”
“A Juventude não fica para sempre e o Livro SIM”.