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BEETHOVEN E A SUA ÉPOCA – BOMTEMPO 250 ANOS DO NASCIMENTO DO COMPOSITOR

Escrito por em Dezembro 2, 2020

3 DEZEMBRO 19H00 – Faro – Teatro das Figuras – Quinteto

250 ANOS DO NASCIMENTO DO COMPOSITOR
120 minutos, com intervalo

Em 2020 comemora-se os 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven (1770-1827), um dos compositores mais brilhantes da história da Música. Este projeto, com particular enfoque na música instrumental de câmara, comemora o grande aniversário de Beethoven numa perspectiva de contextualização e enquadramento com outros célebres músicos da sua época com quem revela mais afinidades.
Nesta perspetiva, o compositor, pianista e pedagogo português João Domingos Bomtempo (1775-1842), assume um papel de relevo.
Música de Câmara de grande escala, mas mantendo toda a sua intimidade e coloquialidade para partilhar no seu serão.

Ficha artística e técnica:
Piano: Lev Vinocour
Violino: Luís Pacheco Cunha
Violino: Maria José Laginha
Violeta: Isabel Pimentel
Violoncelo: Catherine Strynckx

Produção: Musicamera, Lda.

Apoios: DGARTES


BEETHOVEN – E A SUA ÉPOCA – BOMTEMPO

Em 2020 comemora-se os 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven (1770-1827), um dos compositores mais brilhantes da história da Música. Ao longo de 2020, o projecto “Beethoven e a sua Época – Bomtempo” assinala esta comemoração mediante iniciativas nos planos da música de câmara e da música sinfónica.

Ao nível da música de câmara, o projecto comemora o grande aniversário de Beethoven numa perspectiva de contextualização e enquadramento com outros célebres músicos da sua época com quem revela mais afinidades. Neste âmbito, o compositor, pianista e pedagogo português João Domingos Bomtempo (1775-1842), assume, entre nós e internacionalmente, um papel de relevo.

Filho de mãe portuguesa e pai italiano, Bomtempo foi pianista, compositor e pedagogo. Depois de uma fuga durante a restauração absolutista de D. Miguel e a subsequente guerra civil, Bomtempo apresenta-se a D. Pedro IV em 1834, tendo sido indigitado para professor de D. Maria II. Amigo de Almeida Garret e primeiro director do Conservatório Real de Lisboa, Bomtempo foi fortemente influenciado pela linguagem musical de Beethoven, apesar de não ter estudado directamente com o célebre compositor. Assim, através da música de Bomtempo, chega a nós o legado português de Beethoven.

Ainda no plano da música de câmara, foi lançado, também, um desafio a dois compositores portugueses contemporâneos para a criação de obras que exprimam a sua visão do legado musical e humanista de Beethoven na criação contemporânea. Ao nível da música sinfónica, este projecto levará a Nona Sinfonia de Beethoven à ilha da Madeira, em dois concertos que serão, decerto, memoráveis, uma vez que se trata de uma das raras apresentações desta Sinfonia no território insular madeirense.

São três, assim, os eixos em que assentará a actividade “Beethoven e a sua Época – Bomtempo”.

O primeiro eixo consiste na encomenda, a dois compositores portugueses contemporâneos, da criação de obras musicais inspiradas dialecticamente na obra de Beethoven: César Viana, que conta com uma ampla actividade como director de orquestra, instrumentista, musicólogo e compositor, sendo actualmente professor de Composição no Centro Superior de Enseñanza Musical Katarina Gurska, em Madrid; e Jaime Reis, nome incontornável da música electroacústica e acusmática em Portugal.

O segundo eixo consiste em concertos de música de câmara, que passarão por Cascais, Castelo Branco, Faro, Ferreira de Zêzere, Pombal, Praia de Vitória, Seia, Setúbal, Tomar e Vila Real, numa exemplar abrangência do território nacional. No plano instrumental, estes concertos contarão com piano e instrumentistas de cordas e/ou sopros, em agrupamentos variáveis de cinco a dez músicos. O projecto contará com a colaboração de dois pianistas de renome internacional: Lev Vinocour e Fabrizio Romano.

No plano autoral, estes concertos assentarão em obras de quádrupla génese: 1) obras de Beethoven, nomeadamente o Septeto op. 20 para clarinete, fagote, trompa, violino, viola, violoncelo e contrabaixo, o Trio em Sol M para piano, flauta e fagote, o Quinteto em Mib M, op.16, para oboé, clarinete, trompa, fagote e piano e o Quarteto de cordas em fá m, op. 95, “Serioso”; 2) obras de Bomtempo, nomeadamente o Quinteto em Mi bemol Maior, op. 16, para piano e cordas e a Serenata em Fá M, para flauta, clarinete, fagote, trompa e piano; 3) obras de outros compositores da época, como Ludwig Spohr (1784-1859), com o Noneto em Fá Maior para violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta, oboé, clarinete, fagote e trompa; 4) obras de compositores contemporâneos, referidos no primeiro eixo – César Viana, Quinteto “Laberinto del Oído”, para piano e cordas; Jaime Reis, “Sangue Inverso – Quartzo”, para piano, flauta, clarinete, violino; Tiago Derriça, Tríptico para flauta, oboé, clarinete, fagote e trompa.

O terceiro eixo consiste na apresentação na Nona Sinfonia de Beethoven pela Orquestra Clássica da Madeira, dirigida pelo maestro Martin André, em duas apresentações na Ilha, a ter lugar nos auditórios do Centro de Congressos da Madeira (Tecnopolo do Funchal), e do Clube Desportivo e Recreativo dos Prazeres, na Calheta. Seleccionado e ensaiado pelo maestro Brian MacKay, o coro contará com aproximadamente 150 elementos, membros do Irish Doctors Choir da Irlanda, do coro Voz Nua e do Coro do Festival ZêzereArts a que se juntam coralistas seleccionados de coros locais. Dos solistas destacamos, pela sua origem madeirense, a soprano Mariana Pimenta e o tenor Alberto Sousa, a que se juntarão a contralto Imelda Drumm e o baixo Pauls Putnins.

Ao longo de 2020, celebrar-se-á o legado de Beethoven prosseguindo, em paralelo, objectivos de valorização do património musical português, fomento da criatividade musical contemporânea e garante da equidade territorial no acesso à Cultura.


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