CONCERTO ANO NOVO 3 JANEIRO 2021
Escrito por Jorge Gaspar em Janeiro 2, 2021
TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE, ALMADA
3 de janeiro de 2021 — 11h
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
Soprano Elisabete Matos
Direção Musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Franz Schubert, Abertura em Dó Maior D. 591
Ottorino Respighi, Il Tramonto para voz feminina e orquestra de cordas
Pietro Mascagni, Cavalleria Rusticana: Intermezzo
Alexander Zemlinsky, Waldgespräch para soprano, duas trompas, harpa e cordas
Joseph Haydn, Sinfonia n.º 22 em Mi bemol Maior, o «Filósofo»
Ruggero Leoncavallo, La bohème — «Da quel suon soavemente»
Ruggero Leoncavallo / R. Negri, Mattinata
Schubert parece ter querido responder ao furor rossiniano que assaltava Viena e toda a Europa escrevendo duas Aberturas «em estilo italiano». Respighi não deixou de ser um cultor apaixonado pela voz, tendo-nos deixado três belíssimas obras sobre poemas de Shelley para voz feminina e orquestra. Uma delas é Il tramonto (O pôr-do-sol), de 1914.
Se Respighi não se rendeu à ópera, Mascagni fez dela base da sua vida. Propõe-se uma das mais envolventes páginas sinfónicas presentes no seu único título de perene sucesso, a Cavalleria rusticana de 1890.
Regresso a Viena com as obras de Zemlinsky e de Joseph Haydn. Do primeiro ouviremos Waldgespräch, que data de 1895. Do estertor do Romantismo recuaremos mais de um século e teremos o classicismo no seu esplendor com a Sinfonia n.º 22 de Haydn.
Reencontraremos a ópera italiana com Leoncavallo, através de um trecho de uma esquecida La bohème que foi trucidada pela fama da ópera homónima do contemporâneo Puccini. A célebre Mattinata é que não foi suplantada por nenhuma outra e tem servido de veículo às mais esplendorosas vozes do século XX, continuando a fazê-lo no novo milénio!
Classificação etária M/6
Biografias
Elisabete Matos (Soprano)Talvez a maior cantora lírica portuguesa, com 30 anos de carreira, é conhecida pelos seus papéis de soprano dramático com um repertório que passa pelos grandes compositores como Verdi, Puccini, Wagner e Strauss, entre outros. Tem atuado nos maiores teatros de ópera do mundo, como o Metropolitan de Nova Iorque, Scala de Milão, Staatsoper de Viena, Deutsche Oper Berlin, entre tantas outras, dirigida por grandes maestros.
É detentora de vários prémios em concursos nacionais e internacionais.
Antonio Pirolli (Direção Musical)Natural de Roma, licenciou-se em piano, composição, música coral e direção de orquestra na Academia de Santa Cecília. Aperfeiçoou-se com Zoltán Peskó, Vladimir Delman e Rudolf Barshai, tendo ganho o 3.º Prémio no Concurso Arturo Toscanini de Parma. De 1995 a 2001 foi diretor musical no Teatro de Ópera de Ancara, ocupando, de 2001 a 2005, o mesmo cargo na Ópera Estatal de Istambul.
É maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa na temporada de 2020-21.
Orquestra Sinfónica PortuguesaCriada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais.
No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a OSP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros.