"DE UM GOSTO ESTRANGEIRO" CASA DA MÚSICA PORTO
Escrito por Jorge Gaspar em Novembro 4, 2019

“De um gosto estrangeiro” – Recital de viola da gamba e cravo
Sofia Diniz, viola da gamba
Fernando Miguel Jalôto cravo
Obras de Marin Marais, François Couperin e Jean-Philippe Rameau
Uma bela suite de Marin Marais dá o título a este recital centrado em grandes nomes do Barroco francês e inspirado no exótico e nos mundos distantes. A Suite d’un Goût Étranger inclui peças como “L’Amériquaine” e títulos célebres como “La Reveuse” e “Le Badinage”. Em palco, dois grandes especialistas portugueses em música antiga que tocam frequentemente ao lado de importantes agrupamentos europeus.
5 NOV 19:30
Sala 2 Casa da Música Porto

Fernando Miguel Jalôto completou os diplomas de Bachelor of Music e de Master of Music em Cravo no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos), na classe de Jacques Ogg. Frequentou masterclasses com Gustav Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski, Laurence Cummings e Ketil Haugsand. Estudou também órgão barroco e clavicórdio, e foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura. É Mestre em Música pela Universidade de Aveiro e presentemente é Doutorando em Ciências Musicais | Musicologia Histórica na Universidade Nova de Lisboa, sob orientação de Rui Vieira Nery e Cristina Fernandes e como Bolseiro da FCT.
É fundador e director artístico do Ludovice Ensemble, um dos mais activos e prestigiados grupos nacionais de Música Antiga. É membro da Orquestra Barroca Casa da Música e colabora com grupos especializados internacionais tais como Oltremontano e La Galanía. Apresentou¬-se em vários festivais e inúmeros concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Noruega, Alemanha, Áustria, Polónia, Bulgária, Israel e Japão. Toca regularmente com a Orquestra Gulbenkian (Lisboa) e apresentou¬-se com a Lyra Baroque Orchestra (Minnesota), a Real Escolania de San Lourenço d’El Escorial, a Orquestra da Radiotelevisão Norueguesa, a Camerata Academica Salzburg, a Orquestra de Câmara da Sinfónica da Galiza, a Orquestra Nacional do Porto e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, entre outras. Foi membro da Académie Baroque Européenne de Ambronay e da orquestra barroca Divino Sospiro. Trabalhou sob a direcção de Ton Koopman, Roy Goodman, Christina Pluhar, Christophe Rousset, Fabio Biondi, Antonio Florio, Harry Christophers, Andrew Parrott, Rinaldo Alessandrini, Chiara Banchini, Enrico Onofri, Alfredo Bernardini, Laurence Cummings, Jaap ter Linden, Elizabeth Wallfish, Christophe Coin, Dirk Snellings, Wim Becu e Paul McCreesh, entre muitos outros.
Gravou para a Ramée/Outhere (com o Ludovice Ensemble, tendo sido nomeado para os prestigiantes ICMA Awards em 2013 na categoria de “Barroco Vocal”), Brilliant Classics (Integral das Suites para cravo solo de Dieupart), Dynamic (Concerto para cravo em Sol menor de Carlos Seixas), Glossa Music, Parati e Anima & Corpo, bem como para as rádios portuguesa, alemã e checa, e os canais televisivos Mezzo, Arte e RTP.
Na temporada de 2017/18, destacam-se os recitais a solo na Casa da Música (cravo) e em São Vicente de Fora (órgão), bem como o concerto de abertura do Festival Monteverdi no CCB, com o Ludovice Ensemble, em que dirige as famosas Vésperas de 1610. Regressa também ao Grande Auditório da Gulbenkian para dirigir um concerto de música barroca judaica de tradição sefardita e um programa dedicado à Paz, com obras de Charpentier e Lully.