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FILME DE CATARINA VASCONCELOS VENCE PRÉMIO EM PESARO ITÁLIA

Escrito por em Agosto 30, 2020

O filme “A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, venceu o Prémio de Melhor Filme da Competição Internacional, do Festival de Pesaro, em Itália, assim como o Prémio do Júri de Escolas de Cinema, no certame.

A decisão do júri foi anunciada no sábado à noite, no encerramento do festival, e divulgada este domingo pela agência Portugal Film.

“A primeira longa-metragem da realizadora Catarina Vasconcelos venceu o Prémio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Pesaro, em Itália, um dos mais importantes e históricos festivais italianos. O filme foi também premiado pelo júri de estudantes de escolas de cinema, como melhor filme”, lê-se na mensagem da distribuidora portuguesa.

“A Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, teve estreia mundial no festival de Berlim, em fevereiro, onde conquistou o Prémio da Crítica Internacional.

Foi também distinguido com o Prémio de Melhor Filme no Festival de Vílnius, na Lituânia, e o Prémio Especial do Júri no Festival de Taipei, em Taiwan. Recebeu ainda o Prémio do Melhor Filme no Festival Dokufest, no Kosovo.

“A Metamorfose dos Pássaros” já foi selecionado para mais de 25 festivais internacionais, nos Estados Unidos, Rússia, Espanha, Grécia, Coreia, Canadá, Polónia, Brasil, México, Austrália, Itália, entre outros.

O filme também já tem estreia comercial garantida em território chinês, segundo a Portugal Film.

Em Portugal, será exibido, em competição nacional, no Festival Indie Lisboa, que está a decorrer até 5 de setembro, com projeção marcada para o cinema S. Jorge, nos dias 1 e 3 de setembro.

FILME DE CATARINA VASCONCELOS VENCE PRÉMIO EM PESARO ITÁLIA

Catarina Vasconcelos, 33 anos, demorou seis anos na criação deste filme, depois de ter feito a primeira curta-metragem, “Metáfora ou a tristeza virada do avesso” (2013), em contexto académico em Londres.

Os dois filmes aproximam-se em aspetos formais e temáticos e interligam-se porque Catarina Vasconcelos filmou a família, abordando a relação dos pais e a morte da mãe, na curta-metragem, e a história de amor dos avós e a morte da avó paterna – que nunca conheceu -, na longa-metragem.

“Eu queria que [o filme] fosse sobre esta família, mas que pudesse falar com outras pessoas. […] O tempo que ele demora é quase o tempo que eu demoro a conseguir sair de mim para chegar aos outros. Consegui libertar-me da minha família e do medo de inventar sobre eles, para poder inventar à vontade. Isso foi muito importante”, contou em entrevista à agência Lusa.

É por isso que Catarina Vasconcelos apresenta “A metamorfose dos pássaros” como um ‘documentário-ficção’, um filme que está no meio, um “híbrido de formas” baseado nas memórias das infâncias e juventudes da família e preenchido pela ficção.

Sobre este filme, Catarina Vasconcelos fala de “um processo altamente íntimo e pessoal”, na conjugação da montagem de som e imagem, devedora de uma relação que a realizadora tem com as artes plásticas e descrita como “uma coisa muito analógica, de bricolagem”.

Há planos que parecem pinturas ou fotografias animadas, composições visuais encenadas e metafóricas, cheias de simbolismos, sobre a passagem do tempo e sobre a omnipresença da natureza.

“Todo este lado que vem mais das artes plásticas foi muito importante e o filme não podia ter sido construído noutro sítio. Foram as soluções que encontrei para dar resposta a coisas que eu sentia”, explicou.

“A metamorfose dos pássaros” foi produzido por Pedro Duarte e Joana Gusmão, com apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da RTP e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Segundo a Portugal Film, “A metamorfose dos pássaros” já foi selecionado “para mais de 25 festivais internacionais, nos Estados Unidos, Rússia, Espanha, Grécia, Coreia, Canadá, Polónia, Brasil, México, Austrália, Itália, entre outros”. Além disso, “o filme também já foi vendido no território chinês, onde terá estreia comercial”.

(via: jnartes e mileniostadium)


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