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FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES DISTINGUE TESE "NÃO SEI SE CANTO SE REZO" DA TEÓLOGA CÁTIA TUNA

Escrito por em Outubro 30, 2020

A teóloga Cátia Tuna, investigadora do Centro de Estudos de História Religiosa, da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, foi distinguida pela Fundação Mário Soares pelo trabalho “Não sei se canto se rezo: ambivalências culturais e religiosas do fado (1926-1945)”.

«Na sua investigação, Cátia Tuna propôs-se estudar a nomeação do fado como oração ou reza, “analisando os elementos religiosos que lhe são reconhecíveis, nos discursos em que o fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulavam no espaço público”», lê-se na página da Fundação.

Doutorada em História (especialidade de História e Cultura das Religiões) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a tese agora distinguida, defendida a 4 de março, Cátia Sofia Ferreira Tuna, nascida a 5.10.1985 (35 anos), é mestre em Teologia (2012) com a dissertação “A voz na Bíblia: entendimento das vozes de Deus e do homem a partir dos conceitos literário-teológicos ‘qôl’ e ‘fonê'”.

É professora assistente convidada da Faculdade de Teologia, e no Centro de Estudos de História Religiosa integra presentemente o projeto de investigação “Servas de Nossa Senhora de Fátima: História de uma Congregação Feminina”.

Depois de publicar vários artigos sobre o tema da investigação, Cátia Tuna viu lançada este ano a obra “Para uma teologia do fado”, pela Universidade Católica Editora (48 páginas, 5 €).

«Será a Teologia hermenêuticamente apta para mediar a densidade e os escombros da experiência humana que o fado veicula e desempenha? Como lê as irregularidades e as materialidades da religiosidade expressa neste género musical? Da Severa aos intérpretes atuais, passando por Amália, o texto tenta explorar a lógica crente e os marcadores de espiritualidade presentes na poética fadista», refere a sinopse.

A Fundação Mário Soares atribuiu duas menções honrosas à tese de doutoramento em História “Desafios Coloniais na construção do sistema internacional de proteção dos refugiados: os processos de descolonização do Quénia, Argélia e Angola (1950-1975)”, de Ana Filipa dos Santos Guardião, e à dissertação de mestrado em Antropologia “Homossexualidade e resistência durante a ditadura portuguesa: estudos de caso”, de Raquel Afonso Louro.

O júri, presidido pelo musicólogo Rui Vieira Nery, foi constituído por Bruno Sena Martins, investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e João Carlos Louçã, investigador no Instituto de História Contemporânea, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Instituído em 1998, o Prémio Fundação Mário Soares têm o objetivo «de galardoar autores de trabalhos académicos ou de investigação realizados no âmbito da História de Portugal do século XX», tendo o apoio da Fundação EDP desde 2011.

O prémio, no valor de cinco mil euros, e as menções honrosas serão entregues em sessão pública, nas instalações da Fundação, em Lisboa, durante a primeira quinzena de dezembro, se a situação pandémica o permitir.


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