REQUIEM, K. 626 – Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Orquestra Clássica do Centro | Coro Coimbra Vocal | Paulo Ferreira- tenor | Leonor Oliveira – soprano | Patrícia Quinta – Mezzo-soprano | Tiago Matos – Barítono
Maestro Cláudio Ferreira
Inserido no ciclo de Concertos da Justiça, numa parceria com os Tribunais da Relação do país, a Orquestra Clássica do Centro apresenta o Concerto de Páscoa, iniciativa conjunta com o Tribunal da Relação de Coimbra. Parceiros neste concerto são ainda o Município da Batalha e a Liga dos Amigos da Confraria Rainha Santa Isabel.
Com o apoio Institucional da Câmara Municipal de Coimbra e o apoio da Dgartes / Ministério da Cultura, este concerto terá lugar na Igreja de Santa Justa em Coimbra, no dia 2 de abril pela 19h, sem público presente. Poderá ser acompanhado em tempo real através de transmissão via “streaming” pela Justiça TV ( https://www.justicatv.com/2018/directo.php?id=1272) podendo ter acesso também pelos sites do Tribunal da Relação de Coimbra (www. trc.pt), da Orquestra Clássica do Centro (www.orquestraclassicadocentro.org) ou da Câmara Municipal da Batalha (www.cm-batalha.pt).
Este é o primeiro concerto da Orquestra no presente ano de 2021, por razões que se prendem com o confinamento devido à pandemia de Covid 19, depois do concerto de Ano Novo que teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Coimbra que foi interpretado por um “ensemble” da orquestra tendo Dora Rodrigues como convidada.
No cumprimento de todas as normas em vigor (IGAC e Autoridade de Saúde) o concerto a que poderemos assistir na sexta-feira (santa) dia 2 de abril, significa também lembrar, prestar homenagem aos que sofreram e sofrem com a pandemia que atinge a humanidade.
Missa fúnebre de Mozart, mais conhecida como Réquiem
Um réquiem (do latim “descanso”) é uma cerimónia prevista na liturgia da Igreja Católica crada para o repouso da alma de quem faleceu.
O Requiem de Mozart foi encomendado ao compositor por alguém que pediu anonimato, com a indicação de que, depois de pronto, deveria ser entregue a um emissário. Mozart, cujo estado de saúde se deteriorava todos os dias, passou a acreditar que o desconhecido seria um mensageiro do destino e que, afinal, estava a escrever a obra para o seu próprio funeral. Mozart não conseguiu concluir o “Réquiem em ré menor”, falecendo em 1791.
Sabe-se hoje que a encomenda foi feita pelo Conde de Walsegg sur Stuppach, que tinha como propósito fazer encomendas secretas para as anunciar como suas. Constanze Weber, viúva de Mozart pediu a Joseph Eybler que a completasse, mas este acabou por desistir, tendo sido Franz Xaver Süssmayr que terminou o Requiem , que teve a sua estreia em Viena dois anos depois da morte de Mozart.
O Requiem de Wolfgang Amadeus Mozart é uma obra que marca a História da Música de todos os tempos.
A interpretação de uma obra-prima da Humanidade é a nossa forma de celebrar a Páscoa e de lembrar, na sexta-feira santa dia de pleno significado na nossa cultura cristã ocidental, aqueles que partiram nesta terrível pandemia que assola o planeta.
IN MEMORIAM.
Informações : 914980949
Programa
W. A. MOZART (1756-1791)
Requiem, K. 626
II. KyrieIII. Sequentia:
– Dies irae
– Tuba mirum
– Rex tremendae
– Recordare
– Confutatis
– Lacrimosa
IV. Offertorium:
– Domine Jesu
– Hostias
V. Sanctus
VI. Benedictus
VII. Agnus Dei
VIII. Communio: Lux aeterna
Ficha Artística
Orquestra Clássica do Centro
Coro Coimbra VOCAL
Cláudio Ferreira – Direção
Paulo Ferreira – Tenor
Tiago Matos – Barítono
Patrícia Quinta – Mezzo-soprano
Leonor Oliveira – Soprano
Biografias
ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO
Esta orquestra apresentou-se pela primeira vez, enquanto orquestra profissional, em dezembro de 2001. Tem contado com o contributo solístico e de regência de notáveis figuras do nosso panorama musical como Jan Wierzba, Cesário Costa, Rui Massena, José Eduardo Gomes, Luís Carvalho ou Martin André, Marina Pacheco, Paulo Ferreira, Mário João Alves, Elisabete Matos, Dora Rodrigues, Patrícia Quinta, Nelso Ebo, Dejan Ivanovic ou Adriano Jordão. Tem encontrando também meios para, pontualmente, produzir concertos com uma densidade tímbrica e orquestral sinfónica. Também tem vindo a multiplicar a atuação de formações de câmara (trios, quartetos e quintetos, entre outras), disponibilizando assim um leque variado de programas /repertórios, em função das circunstâncias e/ ou locais. Organizou concursos, conferências e festivais para além das atividades exclusivamente concertísticas. Em maio de 2014, deslocou-se a Cabo Verde, a convite do Ministro da Cultura de Cabo Verde Mário Lúcio de Sousa que declarou a Orquestra, além de cofundadora da Orquestra Nacional de Cabo Verde, sendo parte integrante desta. Em janeiro de 2016 a OCC esteve presente e atuou na cerimónia de inauguração do Museu do Tarrafal. Editou vários CD’s, e livros. Enquanto associação, a OCC tem ainda a responsabilidade da gestão cultural do Pavilhão Centro de Portugal (local da sede da OCC).
Fomentar a cultura musical, dimensionar a vertente pedagógica e conferir apetência para ouvir e apreciar música erudita, têm sido e continuarão a ser os objetivos deste projeto. A OCC conta com o apoio Institucional da Câmara Municipal de Coimbra e o apoio da Dgartes | Ministério da Cultura. Tem como Mecenas a EFAPEL. Tem protocolos assinados com várias Câmaras Municipais, Escolas de Música e outras Instituições como sejam a Universidade de Coimbra, o IPC, o ISCAC ou a ESART. Tem o apoio do Diário As Beiras e o Diário de Coimbra, Noticias de Coimbra, Campeão das Províncias, Radio Regional do Centro, RTP e Atena 1, para além de empresas como a Bluepharma ou ASCENDUM Em fevereiro de 2016, além da sua direção artística geral, apresentou a direção artística estratégica e o seu conselho Cultural.
Em julho de 2013 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultura da Cidade de Coimbra.
Em 2021 assinala o seu 20.º aniversário.
COIMBRA VOCAL
O Coimbra VOCAL é um grupo vocal de vozes adultas mistas, constituído maioritariamente por coralistas amadores com larga experiência coral, enquadrados pela Direção Artística das Professoras Isilda Margarida e Carla Pais. Está integrado na Pautas e Reflexos – Associação, que foi fundada a 11 de setembro de 2019 e teve com a principal motivação criar um Grupo Vocal versátil que pudesse interpretar um repertório eclético, no sentido de contribuir para a educação para a arte, para a captação de novos públicos e que pudesse servir de estímulo à criação artística. Assim, para além de levar a música coral a um público cada vez mais alargado, este grupo vocal assume como missão apresentar obras corais ainda não estreadas em Portugal, bem como explorar as fronteiras entre música coral, outras formas musicais, e mesmo outras formas de expressão artística. O Coimbra VOCAL apresentou-se pela primeira vez no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, com a obra Magnificat, de Kim André Arnesen, a 8 de fevereiro de 2020.
PAULO FERREIRA
Sendo o Tenor português de carreira Internacional e aclamado Teno pela crítica, Paulo Ferreira fez a sua estreia em 2011 ao lado da grande e prestigiada cantora Anna Netrebko, na grande sala da Kölner Philharmonie na Alemanha. Posteriormente apresentou-se em vários e prestigiados palcos de Teatros de Ópera e salas de Concerto por toda a Europa em países tais como Espanha, França, Reino Unido, Holanda, Suécia, Noruega, Alemanha, Áustria, Itália, Eslováquia, etc. Sempre como o protagonista masculino, Paulo Ferreira interpretou grande repertório da grande Ópera Verista e Romântica Italiana e Francesa, em obras tais como “Tosca”, “Turandot”, “Manon Lescaut”, “Un Ballo in Maschera”, “Messa da Requiem”, “Nabucco”, “La Forza del Destino”, “Il Trovatore”, “Attila”, “Adriana Lecouvreur”, “La Wally”, “Carmen”, “Faust”, “Medea”, “La Gioconda”, entre tantas outras. Trabalhou com os Maestros Semyon Bychkov, Daniel Oren, Claudio Rizzi, Marko Letonja, John Fiore, Jean Yves Ossonce, Aldo Brizzi, Reynald Giovaninetti, Marc Tardue, Jacques Mercier, Peter Tiboris, Christoph Altstaedt, Ainars Rubikis, Francesco Angelico, Markus Bieringer, enre tantos outros. Colaborou igualmente encenadores tais como, Calixto Bieito, Joan Rechi Obiols, KS Heinz Zednik, Thaddeus Strassberger, Staffan Valdemar Holm, Bruno Klimek, David Pountney, Lorenzo Mariani, entre outros. Completando a sua carreira com uma extensa actividade em repertório de Oratória & Concerto, Paulo Ferreira destaca-se com as interpretações de obras tais como, “Requiem” de Andrew Lloyd-Webber, “IX Sinfonia” e “Christus am Ölberg” Op.85″ de Beethoven; “Petite Messe Solennelle” de Rossini, “Die Erste Walpurgisnacht, Op.60” de Mendelssohn e no “Requiem” de Mozart e “Messa da Requiem” de Verdi, este último na mítica sala da Filarmónica de Berlim. Gravou em DVD para a etiqueta Cappriccio (em comercialização) o papel de G. Hagenbach na ópera “La Wally” de A. Catalani, numa récita ao vivo no Tiroler Landestheater, Innsbruck /Austria), para a etiqueta Naxos (DVD em edição) o papel de Enzo na ópera “La Gioconda” de A. Ponchielli, igualmente numa récita ao vivo na Ópera de Malmö (Suécia) e CD para a Deutsche Grammophon (em edição) o papel de Faust na ópera “Faust” de Gounod em Zagreb (Croácia). De destacar que em 2018 Paulo Ferreira cantou em agosto para os Reis da Holanda, integrado no Festival “Veerhaven Concert” em Roterdão, acompanhado pela “Het Nerderlands Philharmonisch Orkest” dirigida pelo Maestro Maxim Emelyanychev, concerto gravado para o Canal “Classica” e transmitido para todo o mundo; em novembro para S.S. o Papa Francisco em Roma (Basílica de San Giovanni in Luterano), integrado no “Festival Internazionale di Musica e Arte Sacra” acompanhado pela Orchestre Philharmonie des Nations dirigida pelo Maestro Justus Frantz, com a participação do Coro da “Wiener Singverein” de Viena e, em dezembro cantou para o S.A.R. o Príncipe Carlos de Inglaterra no “Christmas Carol Concert” na Catedral de Winchester (Reino Unido) acompanhado pelo “Choral Foundation of Winchester Cathedral”. É natural de Santa Maria da Feira onde estudou Piano, Violoncelo e Canto na Academia de Música de Santa Maria, tendo prosseguido os estudos de Canto na ESMAE, com o Prof. Oliveira Lopes. Com a Professora Palmira Troufa, começou a estudar como Tenor. Trabalhou repertório italiano em Itália com Enza Ferrari (preparadora vocal e pianista do Teatro Alla Scala de Milão) e repertório francês com Janine Reiss (preparadora vocal e colaboradora de Maria Callas) em Paris. Estudou igualmente com Ileana Cotrubas, Renata Scotto e Franco Sioli. Paulo Ferreira foi reconhecido pela crítica internacional “OPERAWELT”, como detentor de “uma excecional técnica de canto e uma voz poderosa e metálica, que recorda Caruso (…) e que combina na perfeição com o que se pode esperar de um Tenor de ópera italiana, com especialização no repertório tardio-romântico.” Atualmente e paralelamente à sua carreira internacional, é Professor na Vocare – Conservatório de Voz, Comunicação e Artes Performativas do Porto.
TIAGO MATOS
Dono de uma “desenvoltura cénica e vocal”, e de uma “voz maleável e bem posicionada”, Tiago Matos afirma-se como um “sólido barítono”, diz a crítica. Chegou à Ópera Nacional de Paris em 2012, pelo Atelier Lyrique, onde protagonizou Don Giovanni, de Mozart. A estreia no casting principal aconteceu dois anos depois com Fiorello, em Il Barbiere di Siviglia, de Rossini. Seguiram-se Un Chevalier, em Le Roi Arthus, de Chausson, e Il Marchese d’Obigny, em La Traviata. Também em Verdi, foi Un Députée Flamand, em Don Carlos, além de Il Comte Ceprano, em Rigoletto. A interpretação mais recente com a Académie da l’OnP, Frank, em Die Fiedermaus, de J. Strauss, valeu-lhe os maiores elogios. Entre outras interpretações, destaque para Le Dancaïre e Moralès, em Carmen, de Bizet; Mercutio, em Roméo et Juliette, de Gounod; L’Horloge Comtoise e Le Chat, em L’Enfant et les Sortilèges, de Ravel; e, novamente, o papel principal em Don Giovanni, no Estates Theatre, em Praga. Vencedor do primeiro prémio no VI Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, em concerto Tiago atuou com a Orquestra Gulbenkian em “Composing for Voices with Luís Tinoco”, e foi solista em obras como Lieder Eines fahrenden Gesellen (Mahler), 9. Sinfonie (Beethoven) e Requiem (Fauré). Licenciado em Música pela Universidade de Aveiro, Isabel Alcobia e António Chagas Rosa foram alguns dos principais professores, além de Sherrill Milnes e Maria Zouves, com quem se cruzou na VOICExperience Foundation, nos Estados Unidos. Atualmente aperfeiçoa-se com Michelle Wegwart. Fundou a Plateia Protagonista, uma associação cultural e educacional centrada na promoção da ópera e da música clássica, que, entre outros projetos, criou o “Ópera Connosco Marvila!”, destinado a jovens de bairros desfavorecidos de Lisboa, e onde, em 2021, Tiago interpretará o sargento Belcore, em L’Elisir d’Amore, de Donizetti. Depois da participação no Operafest, em 2020, em Lisboa, onde estreou óperas de jovens compositores portugueses, Tiago Matos tem à sua espera as personagens Duque e Enforcado, em Trilogia das Barcas, de Joly Braga Santos, no Teatro Nacional de São Carlos. Espera-se ainda a participação no Festival Informal de Ópera de Braga e um concerto em torno de Bach e Händel, com a Orquestra Barroca Casa da Música e dirigida por Laurence Cummings. Também este ano dará um recital com o trio À la Joie! no Festival Internacional de Música do Marvão.
PATRÍCIA QUINTA
Natural do Porto. Graduada em Lied e Oratória pela Universidade de Música e Artes do Espetáculo de Viena (2007). Bacharel em Canto Teatral pelo Conservatório Superior de Música de Gaia (2002), na classe de Fernanda Correia. Durante a sua formação na Universidade em Viena estudou com Margit Klaushofer, especializando-se no domínio do Lied e Oratória com Charles Spencer e no domínio da ópera com Reto Nickler. Interpretou Afra- La Wally de A. Catalani, Rossweisse- Die Walkure de R. Wagner, Aufseherin- Elektra de R. Strauss, Marquesa de Berkenfield- La Fille du Regiment de G. Donizetti e Old Lady- Candide de L. Bernstein, todas produções do Teatro Nacional de São Carlos. Interpretou Sibila, na estreia mundial da ópera As três mulheres com máscaras de ferro com música de Eurico Carrapatoso e libreto de Agustina Bessa-Luís, numa coprodução da Fundação Calouste Gulbenkian e o Teatro Aberto, sob a direção de João Lourenço e João Paulo Santos. Tem realizado vários concertos destacando-se com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música o ciclo Rückert Lieder de G. Mahler e a 9.ª Sinfonia de L. Beethoven no concerto do 10.º aniversário da Casa da Música, sob a direção de Vasily Petrenko e Takuo Yuasa, respetivamente. Participou no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi 2003, onde lhe foi atribuido o prémio Bocage (cantor revelação). Frequentou classes de aperfeiçoamento com Ulf Bästlein, Enza Ferrari, Elsa Saque, Laura Sarti, Rudolf Piernay, Grace Bumbry, Hilde Zadek e Christa Ludwig, as duas últimas de quem foi aluna durante o seu percurso em Viena. É Licenciada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (2002). Professora de Canto na Academia de Música de Vilar do Paraíso e no Fórum Cultural de Gulpilhares.
LEONOR OLIVEIRA
Iniciou os seus estudos em música aos 17 anos, tendo realizado o curso básico de Canto na Academia de Música de Costa Cabral com a Prof. Patrícia Silva, com quem continua a ter aulas. Realizou masterclasses com Paulo Ferreira, Elisabete Matos, Francesco Pio Galasso, Saioa Hernandez, Sara Braga Simões e Isabel Alcobia. Teve ainda aulas particulares com a Prof. Susan Waters e com o tenor Paulo Ferreira. Como aluna da AMCC, foi a vencedora das V Olímpiadas Musicais no ano de 2010/2011. Como solista, cantou com diferentes formações, como a Banda Sinfónica Portuguesa e Banda Musical Leverense, e integrou concertos em espaços conceituados do norte do país, como a Casa da Música, Igreja da Lapa, Igreja de São Bento da Vitória, Teatro Campo Alegre, Teatro Rivoli, Museu Nacional Soares dos Reis, Fundação Eng. António de Almeida, Palacete Viscondes de Balsemão e Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Com as orquestras da AMCC, foi solista na Nelson Mass, Hob.XXII/11 de Joseph Haydn, Petite messe solennelle de Rossini, Requiem, Op.48 de Gabriel Fauré, e na Misa Criolla de Ariel Ramiréz.
Foi ainda dirigida por diversos maestros, como José Rafael Pascual Vilaplana, José Eduardo Gomes, Filipe Veríssimo, Francisco Ferreira, Luís Carvalhoso e Marcelo Marques.