“JOE BIDEN”

MÁRIO MÁXIMO

Este dia 20 de janeiro de 2021 deve ficar, nos anais da democracia do presente
século, como o dia em que a justiça, a lisura de processos e a boa cidadania
atingiram um ponto muito alto.
A verdade é que a maior potência política, económica e militar mundial correu o
sério risco de ser governada, mais quatro anos, por um cidadão desclassificado,
imaturo, ignorante, pérfido e perigoso.
Oxalá que o que aconteceu no capitólio, a 6 de janeiro, tenha sido o epílogo ou ato
final de uma governação descabelada que tinha uma estratégia muito clara: unir os
populistas e os antidemocratas que há pela América e pelo mundo, numa espécie de
internacional de fake politics servida por políticos fake.
O assalto ao capitólio e a sua devassa foi uma perfeita monstruosidade. Na verdade,
Trump pode orgulhar-se daqueles seus apoiantes: um bando (perdoem-me a
expressão pouco cortês) de ‘grunhos’…
Os quatro anos de governo Trump foram um perfeito susto, bem como um insulto à
inteligência de qualquer bom cidadão, de qualquer democrata. Nos tempos de hoje
tenho, aliás, dificuldade em reconhecer como bom cidadão quem não seja
genuinamente respeitador dos sagrados princípios da democracia.
A tomada de posse de Joe Biden não resolveu um problema americano e global.
Antes criou condições para que um e outro possam ser progressivamente resolvidos.
Para lá da assustadora pandemia, o mundo vive perigos e sobressaltos que
recomendam sageza e visão estratégica de futuro para os seus líderes. Joe Biden e a
sua administração têm, agora, a palavra!