LANÇAMENTO "ALMA-TE" SÓNIA CORREIA 12 OUTUBRO LOURES
Escrito por Jorge Gaspar em Outubro 10, 2019
(Sónia Correia
Coisas D Alma)
Amor são pétalas, suaves e leves sentires, fragmentos sem argumentos, vontade que foge de dentro na procura do toque que arrepia.
Amor, amor são notas de música que o vento transporta para o ouvir de alguém, trechos clássicos que cegam a realidade, pautas extraditadas da carne, pousadas na alma, irrefletidas na mente.
Para amar é necessário que nada faça sentido, que o coração cegue, que do corpo se disperce a forma para que voem todas as pétalas, emoções intensas que perdem razão, enquanto dura o concerto do encontro onde se fazem memórias.
Para amar é imprescindível a loucura, a entrega, a insanidade e a ausência de nós no vento que alberga o sentimento.
(Sónia Correia
Coisas D Alma)
Ela e ele…
– Fechei as portas ao amar por falta de pessoal qualificado, disse ela com toda a convicção do mundo, porque a verdade é mesmo essa, nua e crua.
– Mas nem todos os homens são iguais, disse ele na tentativa de lhe seduzir o pensar, foi propositadamente regar-lhe a esperança com um beijo na face e um toque suave na mão, como que à procura da chave da porta que ela diz ter fechado.
– Ela permitiu a ousadia, ficou perplexa pela conversa dentro, trocaram sonhos, sorrisos, olhares comprometedores e ali ficaram, noite dentro dia fora como se se conhecessem de um outro mundo.
– Ele, quase em sufoco, escondeu o desejo por saber que ela era um todo tão intenso que só a pouca inteligência de escorregar em carnalidades, seria morte instantânea do artista.
– imaginaram uma vida inteira nos acordes da troca de falas, soltaram sonhos, construíram residência, mobilaram até e tudo quanto ficou nos corações foi o aroma do amor a divagar nessa morada onde a cumplicidade seria sempre soberana.
– Despediram-se meio envergonhados, engasgados no adeus, até logo, até depois e seguiram caminhos opostos.
– Ela perdeu as certezas da porta cerrada, ele ganhou admiração pelo sentimento.
– Apaixonaram-se nesse imenso instante e ainda hoje prevalece a amizade, o amor que deitou a porta abaixo, o respeito e orgulho que fazem questão de passear de mão dada no tanto brilho que lhes cabe.
A esperança será sempre a última a morrer mas é indispensável que vejamos primeiro quem mora dentro dos corpos, o que lhes ocupa a mente e onde está reconhecida a alma.
Ou a porta fecha de novo, quem sabe para sempre…