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QIIQ DJ/QimuciQ

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LANÇAMENTO “DESAGUO NUMA IMENSA SOMBRA” DE JORGE C. FERREIRA 5 DEZEMBRO 16H00

Escrito por em Dezembro 5, 2020

Chancela Poética Edições.

O meu jardim apareceu deserto. Todas as deusas

escavadas na pedra bruta desapareceram. Ninguém

sabe se fugiram, se as levaram. Ninguém viu nada.

Só sabemos que algumas pessoas emudeceram.

p.28

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Viajante, homem profundo e intenso, explorador incansável do mundo, desde o fundo de todos os lugares onde já foi e anseia ir ao mais alto pico da respiração das coisas de sentir, Jorge C. Ferreira tem palavras novas todos os dias, como se todos os dias, de facto, fossem, antes de mais, como deveriam todos ser, manhãs limpas e inéditas. E só depois, tudo o resto: problemas, perguntas, situações, circunstâncias, escolhas.

Depurada a realidade pela voz do seu sédulo pensamento, este escritor por vocação pura e inequívoca, constrói, diligente, imagens que nos ficam a bailar sob os olhos fechados por minutos que se prolongam numa deliciosa paisagem interior onde sabe tão bem permanecer.

Virgínia do Carmo (do prefácio)

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Jorge C. Ferreira (n. 1949, Lisboa) aprendeu a ler com o Diário de Notícias antes mesmo de ir para a escola. Fez o Curso Comercial na velhinha Veiga Beirão e ingressou na vida activa com apenas 15 anos. Habituado às palavras, desde cedo escolheu um canto do sótão para praticar a escrita.  Foi bancário durante 36 anos. Tem frequentado oficinas de poesia e cursos de escrita criativa. Como autor, participou na Antologia Poética luso-francófona À Sombra do Silêncio/ À L’Ombre du Silence, e também na Antologia galego-portuguesa Poetas do Reencontro. Publica, desde 2014, uma crónica semanal no Jornal de Mafra. Em 2019 publicou com a chancela da Poética a obra A volta à vida à volta do mundo, obra que reúne os textos escritos ao longo da sua viagem de mais de 3 meses à volta do mundo.

EPÍLOGO

São magas, feiticeiras, fadas, artesãs da palavra e criadoras do belo. Algumas eternas Divas, outras Anjos de asas raras. São celestiais os seus voos, quer versem a solidão, o sofrimento, o erotismo, o sexo, o amor, a alegria, o que quer que seja.Acredito que têm poderes especiais e vivem, enquanto escrevem, num mundo só seu. Acredito que têm visões e sentem os outros anjos que as vêm visitar. Têm lanças, velas, fumos, fogos, espadas e punhais e de tudo isso só retiram a beleza.Por vezes perdem tempo sem fim na busca da palavra perfeita. Uma busca incessante. Um eterno desassossego.São as belas poetisas do meu País. Lindas e corajosas mulheres. Muitas entre um verso e outro são donas de casa. Não acreditam? É verdade. Não vivem em pedestais, andam ao nosso lado na rua. Amam e beijam como nós.A sorte que eu tenho de algumas serem minhas Amigas! Uma dádiva.Vos beijo, Senhoras minhas, as vossas mãos.


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