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METROPOLITANA ESTÁ DE VOLTA AO VIVO

Escrito por em Abril 14, 2021

Três meses depois da suspensão das atividades, por causa do confinamento motivado pela Covid-19, a Metropolitana volta ao convívio do seu público. Para os músicos, o fim da travessia no deserto “é como o primeiro dia de escola”. Para quem gere, este regresso à normalidade é essencial para a sustentabilidade do projeto.

“Senhores e senhoras, meninos e meninas, estamos de volta”. Podia ser assim o anúncio do regresso. Mas, independentemente da fórmula escolhida, a notícia da retoma da atividade artística da Metropolitana só pode ser dada com um sorriso. “Creio que a vontade de tocar com os nossos colegas e para o público é de tal modo forte que se fará sentir em todos os sons irradiados, das notas curtas e vigorosas às frases longas ainda mais apaixonadas. Não poderão ver os nossos sorrisos, mas poderão senti-los com toda a certeza”, afirma Ana Pereira, violinista e Concertino da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

A profissional compara a ansiedade desta contagem decrescente ao “primeiro dia de escola”. “Há um misto de alegria e de euforia. Nós trabalhamos todos os dias em prol do brio profissional, para fazer chegar ao nosso público o que de melhor nós conseguimos, mas só funciona totalmente se estivermos todos juntos”, prossegue.

Ana Pereira olha para trás e confessa que foi precisa “muita força de vontade” para “conseguir ultrapassar esta fase menos boa” do confinamento. O segundo no espaço de um ano. “Nós fazemos sempre o nosso trabalho em casa, estar em forma e mantendo-nos aptos para voltar a qualquer momento, mas o facto de estudarmos sempre sozinhos, há pequenas faculdades que deixam de ser trabalhadas: a reação ao som que se ouve do colega do lado, ou o solo de clarinete que temos que acompanhar, ou gerir mesmo a afinação do grupo”, garante a violonista, que conclui que “é como um jogador que apenas treina sozinho”.

Um músico em teletrabalho é “quase inglório”. A música pressupõe partilha, interação. É isso que vai acontecer já em breve. O diretor artístico da Metropolitana não podia estar mais otimista. “Temos que reunir toda a nossa energia e o nosso foco na superação deste momento da nossa História. Junto vamos conseguir!”, sublinha Pedro Neves.
O maestro residente da OML acredita no apoio do público: “Acho que os nossos amigos podem esperar de nós a máxima seriedade, empenho, criatividade e flexibilidade, para que possamos ultrapassar estes tempos incertos e diferentes da melhor forma”.

Com uma temporada marcada por mais este confinamento, os meses que temos pela frente não são fáceis de programar. “Estamos a adaptar da melhor forma temporada em curso, aproveitando todos os nossos fantásticos recursos, dando a máxima consistência às nossas propostas”, explica Pedro Neves, acrescentando que “contornar o obstáculo para abrir novos caminhos” tem sido o lema da Metropolitana, ao longo destes quase 30 anos de vida.

Este desconfinamento artístico da orquestra profissional e da restante expressão artística da AMEC | Metropolitana é um passo fundamental para a sustentabilidade de um projeto único em Portugal. “O público e os nossos amigos são um pilar importante da nossa afirmação social, e uma das marcas do nosso êxito perante a comunidade. Como arte cénica, a música necessita desse momento único e irrepetível de comunhão com o seu público. Por mais que tenhamos aprendido, neste último ano, sobre o potencial e as virtualidades da comunicação digital de conteúdos, aprendizagem que permanecerá decerto, nada substitui a excecionalidade de uma relação artística, que se estabelece num espetáculo”, constata o diretor executivo da Metropolitana.

Miguel Honrado reconhece que “a paragem forçada desde o início do ano até ao final do confinamento teve uma expressão muito negativa nas receitas diretas da Metropolitana, que não só advêm da partilha de receitas de bilheteira mas, igualmente, dos cachets artísticos originados pela programação de concertos, através da rede de parcerias”.

O diretor executivo realça e agradece a “sustentabilidade” que foi proporcionada à Metropolitana pelos “financiadores públicos”. “Sem eles, não teria sido possível a proteção fundamental para realizar esta “travessia do deserto” e dar continuidade a todo o projeto”, afirma Honrado, que reforça que “a diversidade de linhas de atividade, da qual emergem de forma muito significativa, para além da área artística, a área pedagógica”, constitui a força da Metropolitana.

 

O que aí vem

O primeiro evento desta nova fase da Metropolitana é já este sábado, dia 17, às 11h00, com a transmissão (ainda) online de um concerto ao vivo -e com público-, em direto do Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa. Trata-se de “A Arte do Trio de Cordas”, com obras de P. Eötvös (estreia nacional) e de Beethoven, interpretados pelos Solistas da Metropolitana.

No mesmo dia, mas às 12h00, também com transmissão online no site do Expresso, pode ver “A Baixela Germain de Dom José”, um concerto da OML na Igreja de São Pedro de Alcântara, com direção musical e flauta de Nuno Inácio.

O regresso ao Teatro Thalia, uma das casas da Orquestra Metropolitana, acontece ao vivo no dia 24 (sábado), às 11h00, com o programa “Pour l’Image”, com obras de Mozart, Philippe Hurel, e Haydn, dirigido pelo maestro Pedro Amaral.

Na reta final desta temporada muito especial, o programa Música e Ciência regressa no dia 27, às 15h00, desta vez ao Instituto Politécnico de Beja, com a conferência “A Construção Musical – Entre Arte e Ciência”, acompanhada pela Sinfonia nº 40 de Mozart.

A Temporada de Música de Câmara também está de volta, com Lisztomania, no dia 1 de maio, às 17h00, no Museu do Oriente. Já as Histórias da Formiga Rabiga estão de volta a 16 de maio, às 11h00, no Cinema São Jorge, com A Perfeição de Bach.

Até 25 de junho, há muita música clássica para ouvir com a Metropolitana e todas suas atividades. Poderíamos ficar aqui a destacar todos os programas previstos, mas recomendamos que consulte a nossa programação completa e bilheteira no nosso site. Acredite que, ao fim deste tempo todo, vai saber bem estar consigo. Em segurança, claro, com todas as regras cumpridas, mas estamos desejosos de sentir a sua presença cara a cara. Até já!


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