“ORDEM MORAL”
Escrito por Jorge Gaspar em Março 29, 2021
De Mário Barroso, no horário nobre da RTP 1, em formato minissérie.
A 3 de Abril, a RTP 1 estreia em televisão a série ORDEM MORAL, de Mário Barroso.
Depois do sucesso do filme, estreado em sala em Setembro do ano passado em Portugal (com largas semanas em exibição) e França (em mais de 40 salas), com os maiores elogios da crítica nos dois países, e ainda de um já grande percurso internacional, com a selecção para vários Festivais (entre outros, o festival de Tóquio, a Mostra de São Paulo, a Mostra de Valencia, ou o IFFI – International Film Festival of India), ORDEM MORAL chega no próximo sábado aos écrans televisivos, na versão minissérie de 3 episódios de cerca de 40 min. cada, com várias cenas inéditas. Será exibida a partir das 22h00.
Produzida pela Leopardo Filmes, com realização de Mário Barroso, argumento de Carlos Saboga e produção de Paulo Branco, ORDEM MORAL conta ainda com música original de Mário Laginha e uma incandescente e poderosa Maria de Medeiros na pele de Maria Adelaide Coelho da Cunha, herdeira e proprietária do Diário de Notícias.
Do elenco destacam-se ainda nomes sonantes do cinema e do teatro português, como Albano Jerónimo, Marcello Urgeghe, João Pedro Mamede, Ana Padrão, Miguel Borges, Júlia Palha, Ana Bustorff, Teresa Madruga, João Arrais, Vera Moura, e a participação especial de Isabel Ruth.
A 13 de Novembro de 1918, dois dias após o Armistício que punha cobro à Grande Guerra, com o país mergulhado numa profunda crise política, social e sanitária, provocada pela pandemia da ‘gripe espanhola’, Maria Adelaide Coelho da Cunha desaparecia do seu domicílio no luxuoso Palácio de São Vicente de Fora. Ordem Moral conta a história desta mulher livre e insubmissa perante os ditames de uma sociedade hipócrita e moralista. Uma mulher à frente do seu tempo, que desafiou os poderes instalados, que provocou manchetes nos jornais da época, que ousou afrontar a “ordem moral” patriarcal e burguesa, e os “grandes vultos” da medicina da altura que pactuavam com essa “ordem”, internando estas mulheres que lhe faziam frente, para assim se verem livres delas.
O sentimento geral da crítica foi o de que estamos perante “um grande filme”, uma obra “verídica e romanesca […] levada à incandescência pela fusão da mise-en-scène e da representação da sua actriz principal.” [Jean-Michel Frodon, Slate.fr]