Faixa Atual

Título

Artista

Atual

NTR CHART

14:00 15:59

Atual

NTR Chart

14:00 15:59

Atual

NTR CHART

14:00 15:59

Atual

NTR Chart

14:00 15:59

Background

PRÉMIOS PARA ESCRITORAS "EDNA O´BRIEN" IRLANDA E "ZERUYA SHALEV" ISRAEL

Escrito por em Dezembro 5, 2019

O romance “Dor”, publicado este ano em Portugal pela chancela Elsinore, daquele grupo editorial, valeu à israelita Zeruya Shalev o Prémio Jan Michalsk. O Prémio David Cohen distingue os 60 anos de carreira literária da escritora irlandesa Edna O’Brien.

Zeruya Shalev

O Prémio David Cohen, por seu lado, distingue os 60 anos de carreira literária da escritora irlandesa Edna O’Brien, iniciada com “Raparigas da Província”, em 1960, romance de estreia editado em Portugal pela Relógio d’Água. “Na Floresta” e “Pequenas Cadeiras Vermelhas” são outras obras da escritora com tradução portuguesa, publicadas pela editora Cavalo de Ferro, do grupo 2020.

Atribuído pela Fundação John S. Cohen, de apoio à educação, às artes e ao ambiente, o Prémio David Cohen distingue obras e percursos literários de autores de língua inglesa, originários do Reino Unido e da Irlanda.

Zeruya Shalev é, “a par de Amos Oz e David Grossman, uma das escritoras israelitas mais lidas no mundo”, autora de cinco romances, como “Husband And Wife”, “Remains of Love” e “Love Life” (nas edições inglesas), traduzidos em 27 línguas, segundo a editora portuguesa.

O Prémio Jan Michalski de Literatura vem juntar-se a outros galardões com os quais Shalev já foi distinguida, nomeadamente o Prémio Fémina Étranger, em França, Books of the Year in Translation, do jornal inglês The Independent, e o Prémio Jerusalém. Em 2017, foi condecorada pelo Governo francês com a distinção de Chevalier des Arts et des Letres.

O romance de Shalev traduzido em português, “Dor”, tem como protagonista Iris, de 45 anos, casada e com dois filhos, que superou um atentado terrorista, de que foi vítima, e a perda do seu primeiro amor, Eitan, cuja perda quase a levou ao suicídio, e que conhece uma dor física, súbita, quando reencontra a paixão perdida.

Edna O’Brien, autora irlandesa que “moveu montanhas política e liricamente, através da sua escrita”, como afirma a editora portuguesa, tem, no seu romance “Na Floresta”, “um retrato de desolação e raiva, brilhantemente contado, verdadeiramente chocante”, como escreveu o dramaturgo britânico Harold Pinter, Nobel da Literatura, citado pela editora original, quando da edição da obra, em 2002, pela Weidenfeld.

O romance parte de acontecimentos reais, relacionados com um triplo homicídio ocorrido na década de 1990, e “obriga a Irlanda a enfrentar o seu lado mais negro”, segundo a crítica do jornal The Guardian.

Quanto a “Pequenas Cadeiras Vermelhas”, que marcou o regresso de O’Brien à escrita em 2015 e ao seu universo de ‘suspense’, foi considerado pelo autor norte-americano Philip Roth “a obra-prima da grande Edna O’Brien”, segundo a editora inglesa Faber.

Nascida em 1930, Edna O’Brian conquistou o Prémio Kingsley Amis com o seu primeiro livro, “The Country Girls”/”Raparigas da Província”, publicado em 1960, descrito pela crítica como um dos romances-chave da literatura irlandesa contemporânea, editado em Portugal pela Relógio d’Água.

“A Pagan Place”, “Zee & Co.”, “Night”, “The High Road”, “Time and Tide” e “Wild Decembers” são alguns dos outros títulos da autora que já recebeu o Prémio Europeu de Literatura, o Prémio Los Angeles Times, o Prémio PEN e a Medalha Ulisses, da Universidade de Dublin, além do prémio nacional de literatura da Irlanda e o Prémio Nabokov, entre outras distinções.

Autora de “Watching Obama”, celebração do ex-Presidente norte-americano, “homem notável” sobre o qual se sentiu “compelida a escrever”, como afirmou, Edna O’Brian faz em “Girl”, o seu mais recente romance, uma abordagem ao trauma vivido pelas raparigas raptadas na Nigéria, pelo grupo jihadista Boko Haram, em 2014.

Um “romance notável, excecional”, escreveu o jornal “The Guardian”, no passado mês de setembro, quando da publicação de “Girl”, pela Faber & Faber.

(via: expresso.ptcultura)

Marcado como

Continue lendo