“QUE FAREI COM ESTE AZUL QUE ME BEIJA”

«No percurso literário de Lídia Borges, Que farei com este azul que me beija é a obra que atesta de forma
inegável o crescimento e a maturidade literária da poeta. Na verdade, a interrogação retórica que nomeia o
livro oferece, ela própria, a óbvia resposta – Que mais pode provocar a Poesia a não ser o espanto, a
interrogação, a reflexão?
É neste livro, nascido cristalino e duro, cortante e puríssimo diamante lapidado, que a autora se revela afinal
aquilo que já o leitor adivinhava, e que se manifestava nas obras anteriores, ainda de forma tímida e velada:
Lídia Borges não nasceu apenas com os “tristes dois olhos / com que se vem ao mundo”, pois existe no seu rio
poético o olhar dos filósofos, a inquietação de quem não se conforma com as “coisas pequenas” – “Aos versos
quero-os claros como auroras. / Amplos. Humildes como nos silvados as amoras”.»

Lídia Borges é o pseudónimo literário de Olívia Maria Barbosa Guimarães Marques, natural de
Braga, onde desenvolveu a sua atividade profissional, como professora do Ensino Básico até 2009,
ano a partir do qual começou a dedicar-se, com mais afinco, à atividade literária.
Escreveu contos, peças de teatro e poesia, tendo como destinatário preferencial as crianças.
No que concerne à literatura para adultos publica vários livros de Poesia, alguns dos quais distinguidos
em concursos literários. Conta com diversas participações em Antologias e outras publicações de
âmbito coletivo.

Ana Paula Mateus nasceu a 16 de Julho de 1964, na Póvoa de Varzim.
Licenciada em Ensino de Português e Francês pela Universidade do Minho, exerce
funções docentes na Escola Secundária de Eça de Queirós. Possui um Mestrado em Teoria da
Literatura – variante de Literaturas Lusófonas – pela Universidade do Minho e uma PósGraduação em Gestão de Bibliotecas Escolares.
Em 2007 criou o blogue DE PROFUNDIS que terá sido o primeiro passo para a certeza
da escrita. Em 2009 ganha o 1º Prémio, na categoria “Docentes”, no concurso literário Dar Voz
à Poesia, de âmbito nacional e abrangendo também os países lusófonos, com o poema Um
Punhado de Palavras.
Sete Estórias do Vento Salgado, a sua primeira publicação em prosa, é a obra
vencedora do 1º Prémio do Concurso Literário Fundação Dr. Luís Rainha / Correntes D’Escritas
em Fevereiro de 2011.
Em 2015 publica O Guardião do Silêncio com a chancela da editora Poética Edições.
Em 2019, vence, pela segunda vez, o Concurso Literário Fundação Dr. Luís Rainha /
Correntes D’Escritas, com a obra Toda a Água que Nos Une.
Em 2021, ganhou o 2.º prémio no concurso literário “Prémio Hernâni Cidade”
promovido pela câmara do município de Redondo.
Ana Paula Mateus foi cronista do jornal local “O Comércio da Póvoa de Varzim”,
colaborou em várias coletâneas e antologias literárias e, para além da produção, dedica-se à
revisão de textos literários.
Apaixonada pela leitura e pela escrita, são as inquietudes a que a autora tenta dar voz
que motivam o seu trabalho literário.