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TEOLINDA GERSÃO

Escrito por em Fevereiro 11, 2021

40 ANOS DE VIDA LITERÁRIA.

Teolinda Gersão cumpriu em janeiro passado 40 anos de carreira literária e comemora esta impressionante efeméride com o lançamento de um novo livro, O Regresso de Júlia Mann a Paraty . Juntamo-nos às celebrações condensando aqui metade de uma vida dedicada à escrita (e uma vida inteira dedicada à cultura) e apresentamos-lhe algumas sugestões daquela que é considerada uma das mais importantes contistas portuguesas.

Quando se estreou com O Silêncio, aos 41 anos, Teolinda Gersão recebeu o prémio do P.E.N. Clube, o primeiro dos muitos que incluem, já mais recentemente, o prémio Vergílio Ferreira, atribuído em 2017 pelo conjunto da obra. À época, o júri realçou a «alta qualidade da arte narrativa expressa nos vários géneros de ficção clássica, em particular o romance e o conto».

Mas a amor pela escrita, como conta em diversas entrevistas, começou cedo, com um primeiro livro autopublicado aos 14 anos, uma vontade que os pais lhe fizeram, nas palavras da autora. Até se dedicar por completo à escrita, Teolinda aprendeu música (uma paixão de infância que está por detrás da sua novela “Os Teclados”), viveu na Alemanha, nos Estados Unidos, em Paris, conheceu Moçambique, foi durante muitos anos professora universitária (ensinou Literatura Comparada e Literatura Alemã), tendo cultivado uma vida rica em lugares e experiências que se reflete na sua obra.

Nos seus livros abundam aquilo a que o ensaísta João Barrento chamou «epifanias profanas que se abrem a partir da experiência quotidiana transfigurada». Quer esteja a escrever sobre África, sobre o país agrilhoado pelo Estado Novo ou sobre as personagens comuns do dia a dia – as vizinhas, os velhos, o homem de negócios – convivem sempre na obra da autora realismo e sonho, memória e uma crítica perspicaz do presente.

 
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A ÁRVORE DAS PALAVRAS
Pelos olhos de Gita, que recorda a infância e a adolescência passadas entre a Casa Branca e a Casa Preta, é-nos oferecido um retrato de Lourenço Marques antes da Guerra Colonial e já depois do seu começo. Um romance iminentemente político, sobre a ligação a África. Como notou Pedro Mexia: «Quando um romance português chega à 6ª edição numa década, isso significa que tocou numa corda sensível».
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PRANTOS, AMORES E OUTROS DESVARIOS
Contista de exceção, em Prantos, Amores e Outros Desvarios Teolinda molda o quotidiano que nos é familiar através de uma visão que tem tanto de onírica como de irónica. Catorze histórias que nos falam de solidão, de amor, da velhice, das relações familiares, abordando também surpreendentemente a Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll.
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OS GUARDA-CHUVAS CINTILANTES
Publicado originalmente em 1984, este é um diário fora do tempo. Um texto desafiador dos limites em que cada fragmento convida o leitor à reflexão e à imaginação. O primeiro de dois Cadernos (o segundo volume foi publicado em 2013 com o título As Águas Livres) onde se espelha um mundo interior imensamente rico.

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