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“TWEETS COM CORAÇÃO” RUBRICA SEMANAL DE MÁRIO MÁXIMO

Escrito por em Novembro 5, 2020

DANÇAR O SWING


Confesso que me sinto enjoado com o lamentável espetáculo dado pelas eleições
presidenciais nos Estados Unidos da América. Devo dizer que se assemelha, para pior,
a uma novela mexicana (perdão às novelas mexicanas que eu não vejo e, por isso, nem
posso criticar; é uma simples figura de estilo…). O ator principal desta novela de baixa
extração tem dois nomes: um começa por D e o outro por T. Será, eventualmente,
candidato a ganhar um Razzie.
As notícias que chegam do outro lado do atlântico demoram, demoram, demoram. E
pouco acrescentam. Depois, temos de ouvir ou ler esse grupo de especialistas sobre o
sistema eleitoral americano. Ficam muito cheios deles ao falar nos swing states. Os
estados da união que uma vez estão do lado dos republicanos outra vez do lado dos
democratas.
No fundo, o sistema eleitoral americano dá para tudo e para mais um par de botas. Ao
menos em Portugal, nas eleições presidenciais, é simples: vota-se até às dezanove
horas do dia em causa: um cidadão, um voto. Às vinte horas surgem as projeções nos
telejornais. E lá pelas vinte e três horas já podemos ira para a caminha se o “nosso”
candidato perdeu ou beber um celebrativo whisky velho se o nosso candidato ganhou.
Lá na América, não. Até já se fala que talvez só a oito de Dezembro haja fumo branco
nestas eleições 2020. Ou seja, mais de um mês depois do ato eleitoral.
Depois, também gosto muito de ouvir certos comentadores, que a nossa esquerda
mais à esquerda tem, afirmarem que ganhar Trump ou Biden é a mesma coisa. Estes
especialistas usam lentes especiais nos óculos de modo a que vejam sempre aquilo
que dá jeito às convicções que professam. Para eles, independência é assim.
No caso dos comentadores mais à direita, em geral, apesar de terem de criticar DT,
ficam com semblante melancólico ao perceberem que, desta vez, ele irá chupar no
dedo ou irá destruir a democracia americana.
As democracias andam doentes e arrastam-se pelo mundo. Os candidatos a instalarem
ditaduras esfregam as mãos. Com e sem gel desinfetante.


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