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“TWEETS COM CORAÇÃO” RUBRICA SEMANAL DE MÁRIO MÁXIMO

Escrito por em Outubro 2, 2020

O BOTEQUIM E AS NOITES DA LOUCA LITERATURA.

Lembro-me das noites passadas no Botequim da Natália Correia, ali à Graça! Ela
chegava e a respiração de todos os que estavam mudava.
Fernando Dacosta escreveu “o Botequim da Liberdade”. Contou tantas histórias
extraordinárias que foram verdadeiras e outras que, sendo verdadeiras, não nos
parecem. Com Natália sempre como protagonista.
Eu chegava pelas onze da noite. O Bandola, um barman de eleição (que tantas histórias
teria para contar…mas não contou!), ia logo buscar à prateleira a garrafa de whisky
que tinha uma coleira em meu nome. Depois era uma festa. Hemingway dizia que
“Paris É Uma Festa”. Eu digo que o Botequim era uma festa!
Voavam poemas e mulheres se exibiam. Havia canções. E havia pinturas nas paredes.
Tocava-se piano. A política era um assunto incontornável. Entravam capitães de Abril.
Entravam políticos. Entravam escritores e artistas plásticos. A vida era servida ao
balcão e nas mesas.
A Natália contava histórias completamente loucas. E, a partir de certa hora, todos
contavam histórias completamente loucas. Umas mais do que outras.
A vida acontecia literariamente. Sim, era literatura, UMA LOUCA LITERATURA, o que se
vivia naquele espaço exíguo de tamanho mas substantivo de inspiração.
No dia após o falecimento de Natália a vida do Botequim continuou. Mas todos
percebemos que o espírito que lhe dava energia tinha cessado a sua missão terrena.
A loucura jamais foi igual!


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