Estava um elefante tranquilo na sua vida estável, monótona e previsível que o jardim zoológico lhe facultava, quando um pequeno rapaz o desafiou a abandonar toda aquela paz e sossego.
Não foi muito difícil convencê-lo, já que a sua natureza rebelde ansiava em silêncio por uma oportunidade de se fazer ao mundo. A primeira paragem foi logo ali, no primeiro restaurante que avistou. “Pediu um bife com batatas fritas. Depois sentou-se à mesa e comeu tudo. E de sobremesa? Oh, comeu logo os pratos e os talheres.” Ainda houve tempo para outros estragos… entre muita água bebida, café, chávenas e pires ingeridos.
De tão livre que se sentia, o protagonista desta história fez tudo e mais para desfrutar e partilhar com outros a sua alegria. Foi assim que pôs um carrinho de gelados às costas e desatou à procura das crianças que estavam no recreio da escola. “Gelados para toda a gente!”
O que se seguiu foi um trepar de crianças para as costas do elefante e uma viagem inesperada e improvável num avião por sobre o mar. O destino? Terão de ler o livro para o identificarem.
Certo é que, depois de algum receio dos pequenos (“as crianças começaram a ficar inquietas, porque não sabiam para onde voava o avião”) e do desejo de abraçarem os pais (“agarraram-se ao elefante mas não era a mesma coisa”), houve festa na cidade. Noutra.